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Re: Drogas - já usou?

Jimmy Stewart

176
Quem compra cocaína, e não é muito viciado ainda, caso típico de universitários que fazem rodinhas pra cheirar em fim de semana e festas, sabe que está financiando traficantes que matam tudo quanto é gente a sangue frio.

Quem enche a cara e dirige sabe que pode acabar matando alguém. Tem de ser punido severamente.

Acho que tem de responsabilizar mais os usários de drogas perigosas que podem deixar a pessoa fora de sí. Hoje ninguém é retardado pra dizer que não sabia do perigo e perigo para os outros.
Escolheu se drogar, embebedar então tem de arcar com as consequências.


Quanto ao argumento de que sempre existiu e existirá, podemos dizer o mesmo a respeito de estupro e assassinato.
Quem se entorpece muito,e fica alto pode ser perigoso e está errado.


Tem cidade europeia ou americana que está tendo trabalho devido aos drogados. Eles não querem parar de se drogar, geram custos, pois acabam tendo DST e outras desgraças, ou caem no meio da rua. E agora estão criando clínicas pro drogado ir lá se drogar e ter acompanhamento médico caso tenha um troço.
Acho absurdo. Se o cara quer se drogar pra valer e se fuder, que se drogue e caia morto, de preferência num lugar onde não possa fazer mal a ninguém, no mato, ou na PQP. Agora ficar pageando drogado e criando "hotéis" pra eles se drogarem a vontade e serem atendidos se se fuderem.
Fina oral diária. Duta oral 1x semana. Gel tópico de duta lipossomado .
Minoxidil com ativos
Cetoconazol shampoo dia sim dia não.

http://pics.livejournal.com/sweetphaex/pic/0021hssr

Re: Drogas - já usou?

Aleluia

177
Qnta besteira... você sequer se deu ao trabalho de pensar um pouco no ultimo comentário que ela fez que faz mto sentido.
Não adianta, discutir isso com você é igual a discutir religião com um evangélico fanático.
Só mais uma coisa... os responsáveis pelo tráfico são os que proibem (e que ganham mto com isso, ridiculo é pensar que quem ganha com trafico é só o favelado), pois o consumo, queira ou não sempre vai existir. Até quando vão dar soco em ponta de faca.
Jimmy Stewart escreveu:Quem compra cocaína, e não é muito viciado ainda, caso típico de universitários que fazem rodinhas pra cheirar em fim de semana e festas, sabe que está financiando traficantes que matam tudo quanto é gente a sangue frio.
Quem enche a cara e dirige sabe que pode acabar matando alguém. Tem de ser punido severamente.
Acho que tem de responsabilizar mais os usários de drogas perigosas que podem deixar a pessoa fora de sí. Hoje ninguém é retardado pra dizer que não sabia do perigo e perigo para os outros.
Escolheu se drogar, embebedar então tem de arcar com as consequências.
Quanto ao argumento de que sempre existiu e existirá, podemos dizer o mesmo a respeito de estupro e assassinato.
Quem se entorpece muito,e fica alto pode ser perigoso e está errado.
Tem cidade europeia ou americana que está tendo trabalho devido aos drogados. Eles não querem parar de se drogar, geram custos, pois acabam tendo DST e outras desgraças, ou caem no meio da rua. E agora estão criando clínicas pro drogado ir lá se drogar e ter acompanhamento médico caso tenha um troço.
Acho absurdo. Se o cara quer se drogar pra valer e se fuder, que se drogue e caia morto, de preferência num lugar onde não possa fazer mal a ninguém, no mato, ou na PQP. Agora ficar pageando drogado e criando "hotéis" pra eles se drogarem a vontade e serem atendidos se se fuderem.
Não me enveneno por causa da AAG

"Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião."
(Lincoln)
"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz." (Aristóteles)

Re: Drogas - já usou?

Jimmy Stewart

178
Aleluia, nesse meu último post eu não falei da questão de legalizar ou proibir, falei sobre o caráter de usuários de drogas pesadas, que sabem o mal que fazem aos outros, assim como o motorista embriagado, e falei do custo absurdo que estão tendo em pagear drogados pesados.

Se pra vc quem usa drogas pesadas tá ok, então pra vc um motorista embriagado estaria ok.


Vc não pode permitir drogas e ao mesmo tempo querer limpar a barra do drogado que faz merda.


E Sabrina... Vc não me falou sobre sua família se unir internar um parente alcoólatra que só fica bêbado e faz merda com cotos???
Se o caro escolheu ficar se embebedando e deu nisso, e acabou ficando mais fora de sí que em sí, e ferrando com todos ao redor, vc acha que os outros tem de aturar e ainda ter despesas?


Engraçado... muitos na hora que se fodem vem chorar pedindo ajuda, dizendo que drogas são um erro, uma desgraça que os destruiu. Antes estavam zuando ou agredidndo quem fizesse campanha contra uso de drogas, xingando de caretas e outros coisas, e oferendo drogas aos outros, fazendo pressão pros outros experimentarem.
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Re: Drogas - já usou?

Jimmy Stewart

180
Eugênio, onde diabos foi que eu disse isso???
Eu não disse. Falei das pessoas serem responsabilizadas quando fizerem merda, ou internadas se forem dependentes graves que ficam fora de sí e colocam em risco os outros.

Vcs querem que legalize as drogas pesadas também e depois os crackeiros e cheiradores de pó fiquem autos, e se matarem ou atropelarem fiquem impunes???

Gostariam de ser operados por um cirurgião que tem o costume de cheirar cocaína???
Se legalizarem é capaz de surgir "iluminados" a defenderem o direito de cheiradores viciadosa serem cirurgiões.



Eugênio escreveu:Jimmy, vou agir como uma espécie de advogado do diabo.

Então, na sua opinião o que deveria ser feito? Deveríamos ter tolerância zero em relação a todas as drogas, inclusive ao café, o rivotril e a finasterida?
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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

181
Uma pessoa embriagada por mim está ok... não sou eu que tenho que dizer o qnt ela tem de beber ou não.
Mas a partir do momento em que ela esta embriagada e dirige vira problema meu pq vira um risco concreto.
O mesmo raciocínio com uma pessoa drogada. Se só estiver drogada, é problema dela. Se fizer merda (acidente de transito, furta alguma coisa, se envolve em briga) daí sim tem de se fuder. E de maneira qualificada por estar entorpecida.

Mas você comparou duas coisas diferentes. Você presumiu que quem usa drogas pesadas necessariamente vai fazer merda. Concordo que quando a pessoa perde o auto controle vira um doente, mas isso é diferente de bandido. E aí que está a questão, precisamos de uma nova abordagem pro problema do trafico, tirando a produção, distribuição e controle de qualidade da mão dos traficantes para outro modelo (monopólio estatal?) e com acompanhamento médico dos usuários, ao invés das violentas abordagens policiais que só traumatizam os doentes.
Jimmy Stewart escreveu:Se pra vc quem usa drogas pesadas tá ok, então pra vc um motorista embriagado estaria ok.
Não me enveneno por causa da AAG

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(Lincoln)
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Re: Drogas - já usou?

Sabrinah

182
Ok, Jimmy, então pela sua lógica deveriam punir as tentativas de suicídio tbm? Sim, pois o único mal que um usuário de drogas faz é à própria saúde, desde que ele não faça mal aos outros sob efeito de drogas, é claro. Mas para fazer mal aos outros ninguém precisa usar drogas, basta que seja irresponsável/inconsequente ou psicopata, a droga é só um detalhe coadjuvante!

Defender imposto diferenciado para usuários de drogas que posteriormente vão ter que utilizar o sistema de saúde mais que os não usuários, é até bem coerente, mas criminalizar... já é demais!

Sim, tenho um parente com graves problemas com o alcoolismo e justamente por isso é que eu já disse em posts acima que o governo deveria disponibilizar tratamento para todo e qualquer tipo de vício, pois, o álcool, por exemplo, é lícito e socialmente aceito, mas quando alguém não consegue fazer uso dele de forma moderada e recreativa, o mesmo governo que o libera não oferece tratamento para quem eventualmente possa ter problemas com isso.

Esse meu parente nunca assaltou ou assassinou alguém por causa do álcool, mas ele está se destruindo e acabando com a saúde emocional da família inteira que pouco pode fazer em relação a isso pq não existe uma política de saúde eficaz para realmente tratar e recuperar viciados. E isso prova que a proibição de certas drogas nada tem a ver com uma preocupação com a saúde da população, pois o governo quer mais é que todo mundo se foda e morra em meio ao caos!

O mesmo ocorre com usuários de drogas ilícitas, aqueles que têm propensão ao vício e não conseguem fazer um uso moderado, além de não receberem tratamento de saúde adequado, ainda são presos como criminosos marginais!

E acho que é no mínimo ignorância (no sentido de ignorar todo um contexto) achar que o usuário é culpado pelo tráfico! É muita ingenuidade - para não dizer outra coisa - achar que o tráfico se mantém organizado por culpa dos traficantes favelados e usuários, como se não houvesse interesse dos próprios governantes e poderosos (ricos que lucram com isso), como bem disse o Aleluia.
A prova disso é que quando a conveniência determina, em menos de uma hora conseguem pacificar uma comunidade inteira sem sequer disparar um tiro. Então pq o tráfico ainda existe? Pq na ilegalidade é muita mais fácil manter o esquema e a grana preta que sustenta a riqueza desses porcos!
Diagnóstico: AAG
Tratamento: suspenso por enquanto.

Re: Drogas - já usou?

Sabrinah

183
Jimmy Stewart escreveu:Eugênio, onde diabos foi que eu disse isso???
Eu não disse. Falei das pessoas serem responsabilizadas quando fizerem merda, ou internadas se forem dependentes graves que ficam fora de sí e colocam em risco os outros.

Vcs querem que legalize as drogas pesadas também e depois os crackeiros e cheiradores de pó fiquem autos, e se matarem ou atropelarem fiquem impunes???

Gostariam de ser operados por um cirurgião que tem o costume de cheirar cocaína???


E quando foi que alguém disse que os crackeiros ou os bêbados devem sair dirigindo sob efeito de drogas???? Ou que se fizerem isso devem ficar impunes???? :shock:

E para a sua informação, existem muitos médicos e vários outros profissionais que usam cocaína, maconha ou álcool com frequência e de forma moderada. Mas assim como o cara só bebe depois que chega em casa ao final de um dia de trabalho, é óbvio que o médico tbm só cheira ou fuma fora da mesa de cirurgia!
E existem bons profissionais que usam drogas de forma moderada e são bons no seu trabalho, assim como tbm existem profissionais de merda que não tomam nem café! E vice versa!

Não entendo pq vc compreende o uso moderado de algumas drogas lícitas e não entende que as ilícitas tbm podem ser usadas de forma moderada e fora do horário de trabalho e fora do volante! :roll:
Diagnóstico: AAG
Tratamento: suspenso por enquanto.

Re: Drogas - já usou?

careca de franja

184
Outro vício devastador que ninguém fala nada,é a ingestão desmedida de açucar e de gordura , que vive matando muita gente e todo gordo tem mania de postar no facebook ,pra que drogas, se temos isso, e tem fotos de macdonalds e doces e banha pra kct,e pensa que isso não vai acabar com sua saúde, cheirando Pó toda semana demoraria muito mais pra morrer que comendo o tanto de gordura que uns comem, embora o tópico seja sobre gordura,eu quis falar sobre isso. Não me julguem...
Medley genérica 1mg
rogaine Foam dia
kirkland noite
cetoconazol genérico 3 vezes na semana.
Giga Sessão com O Dr Peruzzo.

Re: Drogas - já usou?

Freddy

185
careca de franja escreveu:Outro vício devastador que ninguém fala nada,é a ingestão desmedida de açucar e de gordura , que vive matando muita gente e todo gordo tem mania de postar no facebook ,pra que drogas, se temos isso, e tem fotos de macdonalds e doces e banha pra kct,e pensa que isso não vai acabar com sua saúde, cheirando Pó toda semana demoraria muito mais pra morrer que comendo o tanto de gordura que uns comem, embora o tópico seja sobre gordura,eu quis falar sobre isso. Não me julguem...
Verdade.

Muita gente morre de artérias entupidas. É tão perigoso quanto as drogas.

As drogas legalizadas também matam muito: cigarro e álcool.

Hoje em dia o movimento "fat is beautiful" é grande.

Tudo bem que as pessoas tem que ter auto-estima. Mas obesidade é um problema de saúde.

Vejo muita exaltação de obesidade e consumo desregrado de álcool no facebook. Chega a ser rídiculo.
Imagem

Re: Drogas - já usou?

Jimmy Stewart

186
Cocaína e crack são altamente viciantes. Muitos poucos usam de forma recreativa sem se viciar. A grande maioria acaba viciada mais cedo ou mais tarde e tem sérios problemas. O crack especificamente eu duvido que alguém use por 1 anos sem se viciar.

Essas drogas foram proibidas por um bom motivo, pois mesmo na farmacologia, com prescrições que achavam ser controladas, elas se mostraram um grande perigo.

Tem médico habilidosos de de alto QI que usam drogas destes tipos, e a mairia acaba viciado e fazendo merda mais pra frente. A maioria não percebe a hora de parar e acaba deixando afetar a qualidade do trabalho e ponto em risco os paientes, pois vicio é uma doença e afeta até o julgamento, pois o desejo forte altera as prioridades.

Vc quer botar tudo num mesmo balaio com seu relativismo. É como se dissesse que o estilingue é uma arma, e até crianças compram ele, e que assim as pessoas deviam poder comprar um metralhadora potente e de alta performance sem restrições e facilmente.


---

Freddy, o alcool é a droga que mais mata no mundo, pois é a mais difundida e aceita na sociedade, a que mais pessoas no mundo usam frequentemente. O Tabaco é a segunda que mais mata, usada por uns 18% da sociedade na média.
E essas duas matam muitos outros que nem as usam, seja atropelamento, acidente de carro ou fumo passivo.

Diabetes dá custos cada vez mais assustadores aos cofres púbicos, e está bem ligado a obesidade.

Como se toda essas merdas não bastassem, ainda ficam defendendo as drogas pesadas ilícitas hoje em dia.


Sabrinah escreveu:Não entendo pq vc compreende o uso moderado de algumas drogas lícitas e não entende que as ilícitas tbm podem ser usadas de forma moderada e fora do horário de trabalho e fora do volante! :roll:
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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

187
"Droga é o segundo copo de água depois que o primeiro já matou a sede" Yoko Ono
Jimmy...não é questão de defender drogas... você parece um ignorante falando isso.
É questão de procurar uma alternativa pra um problema que precisa de solução ao invés de apenas enxugar gelo.

1. Proibir não inibe/ diminui o consumo. Apenas transforma num negócio multimilionário.
2. Tem muita gnt ganhando com isso. O dinheiro do trafico de cocaina na america latina é todo lavado nos EUA... se os EUA são os grandes interessados na guerra contra as drogas pq eles não começam pelos próprios bancos????
3. Traficantes brasileiros realmente são um problema social. Legalizando as drogas iriamos acabar com o "emprego" e o dinheiro deles
4. O dinheiro sujo do tráfico corrompe grande parte da policia brasileira.

Ao invés de moralizar contra os usuários, pense um pouco nos outros aspectos do problema
Não me enveneno por causa da AAG

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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

188
Pelas suas idéias, acho que você tem afinidade com regimes ditatoriais, já que acha que o Estado tem de meter o bedelho em cada aspecto da vida dos indivíduos daquela sociedade. Coréia do Norte, Mianmar... tem um monte de lugar pra escolher
Não me enveneno por causa da AAG

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Re: Drogas - já usou?

Sabrinah

189
Jimmy Stewart escreveu:Cocaína e crack são altamente viciantes. Muitos poucos usam de forma recreativa sem se viciar. A grande maioria acaba viciada mais cedo ou mais tarde e tem sérios problemas. O crack especificamente eu duvido que alguém use por 1 anos sem se viciar.

Essas drogas foram proibidas por um bom motivo, pois mesmo na farmacologia, com prescrições que achavam ser controladas, elas se mostraram um grande perigo.

Tem médico habilidosos de de alto QI que usam drogas destes tipos, e a mairia acaba viciado e fazendo merda mais pra frente. A maioria não percebe a hora de parar e acaba deixando afetar a qualidade do trabalho e ponto em risco os paientes, pois vicio é uma doença e afeta até o julgamento, pois o desejo forte altera as prioridades.

Vc quer botar tudo num mesmo balaio com seu relativismo. É como se dissesse que o estilingue é uma arma, e até crianças compram ele, e que assim as pessoas deviam poder comprar um metralhadora potente e de alta performance sem restrições e facilmente.
Jimmy, o crack é um subproduto da cocaína que deveria ser descartado depois do refino da mesma - que por sinal é um refino caseiro, de fundo de quintal e que utiliza solventes altamente tóxicos e todas as porcarias que se possa imaginar, e se fosse industrializado teria pelo menos um controle de qualidade - mas como cocaína é droga cara para os pobres, os traficantes viciam os pobres em crack que é muito mais barato e mais tóxico. Se as drogas fossem legalizadas e industrializadas, não haveria motivo para manter o crack.

O crack está para a cocaína assim como o cigarro "mata rato", paraguaio e falsificado está para os cigarros da Souza Cruz, por exemplo; é tudo tóxico e maléfico, mas o crack é muito mais tóxico e viciante. O mesmo se aplica ao álcool, enquanto vc pode consumir apenas uma cerveja, que tem 4 a 5% de gradação alcoólica, existe tbm a vodka e o whisky com 40% de gradação alcoólica. O que é mais forte e mais tóxico ao fígado? Ambos são legalizados. E nem menciono o absinto que tem 60% de gradação alcoólica.

Não existe essa de "é proibido pq mesmo tendo a venda controlada se mostrou altamente perigoso". Isso é balela pura!!! E a prova disso é o rivotril, que é altamente viciante, inclusive causa crise de abstinência com alucinações e convulsões para quem interrompe abruptamente um uso prolongado e com doses altas, e mesmo assim é facilmente receitado e vendido.

E quanto ao vício, o que vc não entende é que ele já existe e sempre existiu e vai continuar existindo, mesmo que se proíba tudo! O que não existe e já deveria existir "pra ontem", é uma política pública eficaz de tratamento para os viciados em vez de tratar tudo na hipocrisia como se nada estivesse acontecendo.

Quem perde o controle está doente e precisa de tratamento, seja um renomado médico seja o Zé da esquina, e os doentes já existem e vão continuar existindo. Proibindo ou liberando o uso de qualquer que seja a droga, é preciso ter uma forma eficaz de tratar os doentes, seja de álcool, cigarro, maconha, crack, cocaína, cola de sapateiro, benzina ou gás de isqueiro!!!
Diagnóstico: AAG
Tratamento: suspenso por enquanto.

Re: Drogas - já usou?

Aleluia

192
O problema não está no crack – está na alma.

http://super.abril.com.br/blogs/mundo-n ... a-na-alma/

De cada 100 pessoas que experimentam crack, algo em torno de 20 tornam-se dependentes. É um número assustador, preocupante, claro, mas é importante notar uma coisa: é a minoria. O crack é mais viciante que a maconha (9%), menos do que o tabaco (32%, a taxa mais alta entre as drogas). Mas a grande questão é a seguinte: o que faz com que algumas pessoas que experimentam as drogas fiquem dependentes e outras não?

Segundo o médico húngaro-canadense Gabor Maté, a resposta é simples: as pessoas que se afundam nas drogas são as mais frágeis. Gabor é um dos especialistas mais respeitados do mundo em dependência e esteve no Brasil esta semana. Sua palestra, no Congresso Internacional sobre Drogas que aconteceu no fim de semana em Brasília, foi imensamente esclarecedora.

“Em 20 anos trabalhando com usuários em Vancouver, eu nunca conheci nenhum dependente que não tivesse sofrido algum tipo de abuso na infância – abuso sexual ou algum trauma emocional muito grave”, ele disse. Ou seja: dependentes de drogas são sempre pessoas com fragilidades emocionais causadas por traumas na infância.

O momento mais polêmico da palestra foi quando ele afirmou algo que ninguém esperava ouvir: “drogas não causam dependência”. Como assim não causam? E aquele bando de gente esfarrapada no centro da cidade? Ele explica: “a dependência não reside na droga – ela reside na alma”. É que quem sofreu abusos severos na infância acaba tendo sua química cerebral alterada e cresce com um eterno vazio na alma. Frequentemente esse vazio acaba sendo preenchido com alguma dependência. “Pode ser uma droga, ou qualquer outro comportamento que traga algum alívio, ainda que temporário: compras, sexo, jogo, comida, religião, internet.”

A cura para a dependência, portanto, não é a destruição da droga: é o preenchimento do vazio na alma. Gabor, aliás, sabe muito bem do que está falando. Ele próprio, afinal, sente esse vazio. Ele nasceu em Budapeste em 1944, durante a ocupação nazista, com a mãe deprimida, o pai preso num campo de trabalhos forçados, os avós assassinados pelos alemães. Quando cresceu, para aliviar a dor emocional que sentia, desenvolveu uma dependência: “virei um comprador compulsivo”.

O sofrimento que Gabor sente está óbvio em seu rosto: nos seus traços trágicos, nos olhos tristes. Mas ele encontrou paz: seu trabalho ajudando dependentes lhe trouxe sentido na vida e esse sentido preencheu, ao menos em parte, o vazio.

Em resumo: crianças que foram muito mal-tratadas acabam virando adultos “viciados”. E aí o que nossa sociedade faz? Trata mal essas pessoas. “Nós punimos as mesmas crianças que falhamos em proteger”, diz Gabor.

Na semana passada, uma pesquisa do Datafolha mostrou que o maior medo dos paulistanos é o de perder seus filhos para as drogas. É um medo compreensível e do qual eu, como um quase pai (minha primeira filha nasce no mês que vem), compartilho. Mas esse medo não pode justificar políticas repressivas e violentas, que impõem tratamento religioso forçado e dá poder ilimitado à polícia. Isso só vai aumentar o estresse na vida de gente que já é frágil – e é sabido que estresse piora a dependência.

Hoje já está claro que o único jeito de lidar com gente que tem um vazio na alma é com compaixão. O que essas pessoas precisam não é de cadeia nem de conversão forçada nem de projetos de lei medievais como o que está tramitando agora no Congresso, com apoio do governo federal – é de compreensão e de ajuda para encontrar algo que ajude a dar sentido para as suas vidas.

Em 2000, uma pesquisa em Portugal revelou que as drogas eram o maior problema do país. No ano seguinte, o governo português teve a coragem de montar um novo sistema, muito mais barato para o contribuinte, comandado pelo ministério da saúde, sem internações compulsórias nem violência policial.

Ano retrasado, a pesquisa foi repetida e drogas nem apareceram na lista dos dez maiores problemas portugueses. O problema havia sido resolvido. Com compaixão.
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Re: Drogas - já usou?

Sabrinah

193
Isso é verdade!

Vc pode perceber um viciado mesmo antes dele experimentar a droga pela primeira vez só pelo comportamento compulsivo, pela busca obsessiva do efeito.
O vício é muito mais psicológico do que propriamente químico - e não entendam o termo "psicológico" como sinônimo de algo mais leve; ao contrário, é o pior vício -, pois muitos viciados que sofrem recaída, recaem muito tempo depois da desintoxicação química!
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Re: Drogas - já usou?

Jimmy Stewart

194
NÃO DISTORÇAM.

Essa estatística está entre quem experimenta crack. Ou seja, incluem pessoas que usaram só 1 ou 2 vezes.

Se for ver entre pessoas que experimentaram e continuaram usando por um tempo, a percentagem dos que desenvolvem o vício é bem maior.

O vício psicológico é um deles, o vício químico é bem maior e forte, afeta neurotrnamissores, receptores pra droga, muda o cérebro. Desintoxicação nção reverte os danos e o vício que se instalou no cérebro.

Pra se ter uma idéia, mesmo no tabagismo o vício químico é grande, muito mais frequente que o psicológico, embora estejam quase sempre ligados. Em alguns caso hoje muitos médicos que tratam do vício ligado a nicotina indicam antidepressivos a seus pacientes, sendo que parte deles terá de manter uma pequena dosagem de vez em quando o resto da vida, pois nesses casos a química cerebral ficou muito alterada.
Agora imaginem pra drogas bem mais pesadas.
Crack detona o cérebro, destroi neurônio, e até se constata em exames de tumografia os danos claramente.
E mesmo se fosse só 20% que acaba detonado ou comete crime, ou corre risco de surtar, ainda não seria argumento pra falar que tá ok, assim como não seria argumento liberar uma nova forma que "aspirina mutante" que só matasse 20% das pessoas

Parem de falar aborbrinha.


Se o governo fosse legalizar drogas, pra pessoas acabadas que não enxergam vida sem isso, deviam criar drogas especiais só pra isso, menos tóxicas e menos detonadores de cérebro e com menos ou sem risco de cria devassos, surtar, e não deixar pessoas usarem tudo quanto é lixo que as detona e gera crimes brutais.


Quanto ao vazio que as pessoas tem, de fato parece ser uma explicação do porque, apesar de todas as campanhas esclarecedoras, as pessoas se drogam cada vez mais.
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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

195
Jimmy Stewart escreveu:Se o governo fosse legalizar drogas, pra pessoas acabadas que não enxergam vida sem isso, deviam criar drogas especiais só pra isso, menos tóxicas e menos detonadores de cérebro e com menos ou sem risco de cria devassos, surtar, e não deixar pessoas usarem tudo quanto é lixo que as detona e gera crimes brutais.

Quanto ao vazio que as pessoas tem, de fato parece ser uma explicação do porque, apesar de todas as campanhas esclarecedoras, as pessoas se drogam cada vez mais.
Jimmy... as drogas são liberadas, mas aquelas que são produzidas em laboratorios, meu irmão (é médico) diz como é dificil tirar a dose de rivotril dos pacientes mais idosos.
Os velhos ficam completamente viciados nessa bosta. Se fizerem uma pesquisa com mulheres de mais de 45 anos, é mto provavel que mais de 50% use algum antidepressivo, remédio pra dormir, alguma droga. E ainda criticam quem usa canabis.
Concordo com você, independente de uso de QUALQUER substancia há uma vida, mas é isso é apenas nossa opinião, a questão é que as drogas e seu uso, isso é uma realidade social, o Estado pode ignorar isso e deixar que traficantes homicidas (os operários) e empresários corruptos (os chefes) regulem o comércio ou tomar uma atitude quanto a isso.
Não me enveneno por causa da AAG

"Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião."
(Lincoln)
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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

196
Ensaio Escrito Por Mr. X, Mais Conhecido Por Carl Sagan, Publicado Em Marihuana Reconsidered (1971) Por Lester Grinspoon.

Imagem
Tudo começou há cerca de dez anos atrás. Eu tinha chegado de um período consideravelmente mais relaxado na minha vida - um momento no qual eu passei a sentir que havia mais a viver do que a ciência, um momento de despertar da minha consciência social e amabilidade, um tempo no qual que eu estive aberto a novas experiências. Eu tinha amizade com um grupo de pessoas que ocasionalmente fumavam cannabis, de forma irregular, mas com evidente prazer. Inicialmente eu não estava disposto a participar, mas a euforia aparente que a cannabis produzia e o fato de que não havia vício fisiológico para a planta, eventualmente, me convenceram a tentar. Minhas experiências iniciais foram totalmente decepcionantes; não houve efeito algum, e eu comecei a cogitar uma variedade de hipóteses sobre a cannabis ser um placebo, que funciona pela expectativa e hiperventilação em vez de química. Após cerca de cinco ou seis tentativas sem sucesso, no entanto, aconteceu. Eu estava deitado de costas na sala de estar de um amigo examinando ociosamente o padrão de sombras no teto expressos por um vaso de plantas (não cannabis!). De repente eu percebi que eu estava examinando uma intricada e detalhada miniatura de um Volkswagen, claramente delineada pelas sombras.

Eu era muito cético a esta percepção, e tentei encontrar inconsistências entre Volkswagen e o que eu via no teto. Mas tudo estava lá, até calotas, placa de licença, cromo, e até mesmo a pequena alça utilizada para a abertura do porta-malas. Quando eu fechei os olhos, fiquei chocado ao descobrir que havia um filme passando no interior das minhas pálpebras. Flash... uma simples cena de um campo com uma casa de fazenda vermelha, um céu azul, nuvens brancas, caminho amarelo sinuoso entre colinas verdes ao horizonte... Flash... a mesma cena, casa laranja, céu marrom, nuvens vermelhas, caminho amarelo, campos violetas... Flash... Flash... Flash. Os flashes vieram a cerca de uma vez por cada batimento cardíaco. Cada flash trouxe a mesma cena simples em vista, mas cada vez com um conjunto diferente de cores ... extraordinariamente profundos matizes, e surpreendentemente harmoniosas em sua justaposição. Desde então, tenho fumado ocasionalmente e desfrutado completamente. Ela (cannabis) amplifica sensibilidades tórpidas e produz o que para mim são efeitos ainda mais interessantes, como vou explicar brevemente.

Eu posso lembrar-me de outra breve experiência visual com cannabis, na qual eu vi uma chama de vela e descobri no coração da chama, em pé com indiferença magnífica, o chapéu preto do cavalheiro espanhol que aparece no rótulo da garrafa de vinho Sandman. Olhar para o fogo na "onda", a propósito, especialmente através de um daqueles caleidoscópios de prisma cuja imagem de seu entorno, é uma experiência extraordinariamente tocante e bonita.
Eu quero explicar que em nenhum momento eu pensei que estas coisas estavam "realmente" lá fora. Eu sabia que não havia Volkswagen no teto e não havia homem salamandra Sandman na chama. Eu não sinto qualquer contradição nestas experiências. Há uma parte de mim fazendo, criando a percepção que na vida cotidiana seria bizarra; há uma outra parte de mim que é uma espécie de observador. Cerca de metade do prazer vem da parte-observador apreciando a obra da parte-criadora. Eu sorrio, ou às vezes até rio em voz alta das imagens no interior de minhas pálpebras. Neste sentido, suponho que a cannabis seja psicotomimética, mas acho que nenhum pânico ou terror que acompanham algumas psicoses. Possivelmente isso é porque eu sei que é minha própria viagem, e que eu posso "descer" rapidamente a qualquer momento que eu quiser.

Enquanto minhas percepções iniciais foram todas visuais, e carente de imagens de seres humanos, esses dois itens têm mudado ao longo dos anos seguintes. Acho que hoje só um baseado é o suficiente para me deixar elevado. Eu testo se estou elevado fechando os olhos e olhando para os flashes. Eles vêm muito antes de outras alterações em minhas percepções visuais ou outras percepções. Eu penso que este é um problema de ruído de sinal, o nível de ruído visual é muito baixo com os olhos fechados. Um outro interessante aspecto de informação teórica é a prevalência - pelo menos nas minhas imagens em flash - de desenhos animados: apenas os contornos das figuras, caricaturas, e não fotografias. Eu acho que isso é simplesmente uma questão de compressão de informação, seria impossível compreender o conteúdo total de uma imagem a partir do conteúdo de informação de uma fotografia comum, digamos, 108 bits, na fração de segundo que ocupa um flash. E a experiência do flash é projetada, se é que posso usar essa palavra, para apreciação imediata. O artista e o espectador são um. Isso não quer dizer que as imagens não são maravilhosamente detalhadas e complexas. Eu tive recentemente uma imagem em que duas pessoas estavam conversando, e as palavras que eles estavam dizendo formavam e desapareciam em amarelo acima de suas cabeças, em cerca de uma sentença por batimento cardíaco. Desta forma foi possível acompanhar a conversa. Ao mesmo tempo, uma palavra ocasionalmente aparecia em letras vermelhas, entre os amarelos acima de suas cabeças, perfeitamente no contexto da conversa, mas se um lembrava-se destas palavras vermelhas, eles enunciavam um conjunto completamente diferente de declarações penetrantemente críticas para a conversa. O conjunto inteiro da imagem que eu esbocei aqui, eu diria que pelo menos 100 palavras amarelas e algo como 10 palavras vermelhas, ocorreu em algo menos de um minuto.

A experiência com cannabis tem melhorado muito o meu apreço pela arte, um assunto que eu nunca tinha apreciado antes. A compreensão da intenção do artista que eu posso conseguir quando estou elevado algumas vezes continua quando estou "baixo". Esta é uma das muitas fronteiras humanas que a cannabis me ajudou a atravessar. Há também alguns insights relacionados a arte - não sei se são verdadeiros ou falsos, mas eles foram divertidos de formular. Por exemplo, eu ter passado algum tempo elevado a olhar para o trabalho do surrealista belga Yves Tanguey. Alguns anos mais tarde, eu emergi de um longo mergulho no Caribe e descansei exausto em uma praia formada pela erosão nas proximidades de um recife de coral. Examinando ociosamente os fragmentos arqueados de coral de cor pastel que ia até a praia, vi diante de mim uma grande pintura de Tanguey. Talvez Tanguey tenha visitado aquela praia na sua infância.

Uma melhoria muito semelhante na minha apreciação pela música ocorreu com a cannabis. Pela primeira vez eu fui capaz de ouvir as partes separadas de uma harmonia de três partes e a riqueza do contraponto. Desde então descobri que os músicos profissionais podem facilmente tocar muitas partes separadas simultaneamente em suas cabeças, mas esta foi a primeira vez para mim. Novamente, a experiência de aprendizagem quando elevado teve pelo menos até certo ponto permanecido quando estou "baixo". O prazer dos alimentos é amplificada; sabores e aromas surgem, por alguma razão nós normalmente parecemos estar muito ocupados para notar. Eu sou capaz de dar a minha atenção para a sensação. Uma batata terá uma textura, um corpo, e sabor como o de outras batatas, mas muito mais. Cannabis também aumenta o prazer do sexo - por um lado dá uma extraordinária sensibilidade, mas também por outro lado adia o orgasmo: em parte por me distrair com a profusão de imagem que passa diante dos meus olhos. A duração do orgasmo parece se alongar muito, mas esta pode ser a experiência usual de expansão do tempo que ocorre ao se fumar cannabis.

Eu não me considero uma pessoa religiosa, no sentido usual, mas há um aspecto religioso em algumas experiências. A sensibilidade em todas as áreas me dá um sentimento de comunhão com o meu entorno, tantos animados quanto inanimados. Às vezes, um tipo de percepção existencial do absurdo toma conta de mim e eu vejo com terríveis certezas as hipocrisias e posturas minhas e dos meus semelhantes. E em outras vezes, há um sentido diferente do absurdo, uma lúdica e fantástica consciência. Ambos os sentidos do absurdo podem ser comunicados, e alguns dos picos mais gratificantes que tive foram em compartilhar conversas e percepções e humor. Cannabis nos traz uma consciência de que nós gastamos uma vida inteira sendo treinados para ignorar e esquecer e colocar para fora de nossas mentes. A sensação de que o mundo é realmente como pode ser é enlouquecedora; cannabis me trouxe alguns sentimentos de como é ser louco, e como usamos a palavra "louco" para evitar pensar em coisas que são muito dolorosas para nós. Na União Soviética dissidentes políticos são rotineiramente colocados em manicômios. O mesmo tipo de coisa, um pouco mais sutil, talvez, ocorre aqui: "você ouviu o que Lenny Bruce disse ontem? Ele deve ser louco". Quando na experiência sob cannabis descobri que há alguém dentro daquelas pessoas que chamamos de loucos.

Quando estou elevado, posso penetrar no passado, recordar memórias de infância, amigos, parentes, brinquedos, ruas, cheiros, sons e sabores de uma época que já desapareceu. Eu posso reconstruir atuais ocorrências de episódios de infância entendidos apenas pela metade na época. Muitas, mas não todas minhas viagens com cannabis, têm em algum lugar um simbolismo importante para mim que não vou tentar descrever aqui, uma espécie de mandala em alto relevo no alto. Associar-se livremente a esta mandala, tanto visualmente quanto como em palavras, produz um leque muito rico de insights.

Existe um mito sobre tais elevações: o usuário tem uma ilusão de grande insight, mas ele não sobrevive ao escrutínio na manhã seguinte. Estou convencido de que isto é um erro, e que os insights devastadores alcançados quando elevados são percepções reais, o problema principal é colocar essas ideias em uma forma aceitável para nós mesmos quando estivermos tão diferentes no dia seguinte. Algum dos mais difíceis trabalhos que já fiz foi colocar tais ideias em fita ou por escrito. O problema é que dez ainda mais interessantes ideias ou imagens se perdem no esforço de uma gravação. É fácil entender porque alguém pode pensar que é um desperdício de esforço ter todo este trabalho para colocar o pensamento para "baixo", uma espécie de intrusão da Ética Protestante. Mas desde que eu vivo quase toda a minha vida "para baixo" que eu faço esse esforço - com sucesso, eu acho. Aliás, acho que ideias razoavelmente boa podem ser lembradas no dia seguinte, mas somente se algum esforço for feito para colocá-las para "baixo" de outra maneira. Se eu escrever o insight para "baixo" ou para dizer a alguém, então eu posso lembrar sem assistência na manhã seguinte, mas se eu apenas digo para mim mesmo que eu tenho que fazer um esforço para lembrar, eu nunca faço.

Acho que a maioria dos insights que eu consegui quando estava elevado foram sobre questões sociais, uma área de bolsa de estudos muito diferente daquela pela qual eu sou geralmente conhecido. Lembro-me de uma ocasião, tomando um banho com a minha mulher ao mesmo tempo elevada, em que eu tive uma ideia sobre a origem e invalidez do racismo em termos de curvas de distribuição gaussiana. Foi um ponto óbvio de uma forma, mas raramente falado. Eu desenhei as curvas em sabão na parede do chuveiro, e fui escrever a ideia. Uma ideia levou a outra, e no final de cerca de uma hora de muito trabalho duro, eu descobri que tinha escrito onze ensaios curtos sobre uma ampla gama de social, político, filosófico, biológico e tópicos humano. Devido a problemas de espaço, não posso entrar em detalhes sobre estes ensaios, mas de todos os sinais externos, tais como reações públicas e comentários de especialistas, eles parecem conter insights válidos. Eu os usei em tratados acadêmicos, palestras públicas e em meus livros.

Mas deixe-me tentar pelo menos dar o sabor de tal visão e os seus acompanhamentos. Uma noite, elevado de cannabis, eu estava investigando a minha infância, um pouco de autoanálise, e fazendo o que me pareceu ser um progresso muito bom. Eu, então, parei e pensei o quão extraordinário foi Sigmund Freud, que sem ajuda de drogas, tinha sido capaz de alcançar a sua própria notável autoanálise. Mas então me bateu como um trovão que eu este estava errado, que Freud tinha passado a década anterior de sua autoanálise como um experimentador e com um pregador para a cocaína, e pareceu-me muito evidente que os genuínos insights psicológicos que Freud trouxe para o mundo foram pelo menos em parte derivada de sua experiência com drogas. Eu não tenho ideia se isso é de fato verdade, ou se os historiadores de Freud concordariam com esta interpretação, ou mesmo se tal ideia foi publicada no passado, mas é uma hipótese interessante e um que passa em primeiro lugar no escrutínio no mundo dos "baixos".

Eu posso lembrar-me da noite na qual de repente eu percebi como era ser louco, ou noites nas quais meus sentimentos e percepções foram de natureza religiosa. Eu tinha uma sensação muito precisa de que estes sentimentos e percepções, escritos casualmente, não resistiriam ao escrutínio crítico habitual que é o meu estoque no negócio como um cientista. Se eu encontro na parte da manhã uma mensagem de mim mesmo da noite anterior, informando-me que há um mundo que nos rodeia que mal percebemos, ou que podemos nos tornar um com o universo, ou mesmo que alguns políticos são homens desesperadamente assustados, eu posso tender para a descrença; mas quando estou elevado que eu sei sobre essa descrença. E então eu tenho uma fita na qual eu me exorto a levar a sério tais comentários. Eu digo "Ouça com atenção, seu filho da puta da manhã! Esta coisa é real!" Tento mostrar que a minha mente está trabalhando com clareza; lembro-me o nome de um conhecido colégio que eu não havia pensado em trinta anos, eu descrevo a cor, tipografia e formato de um livro em outra sala e estas memórias passam para a crítica do escrutínio da manhã. Estou convencido de que há níveis genuínos e válidos da percepção disponíveis com cannabis (e provavelmente com outras drogas), que são, através dos defeitos da nossa sociedade e nosso sistema educacional, indisponíveis para nós sem essas drogas. Tal observação se aplica não apenas à autoconsciência e de atividades intelectuais, mas também para as percepções de pessoas reais, uma sensibilidade muito maior para a expressão facial, entonação, e escolha de palavras que às vezes produzem um relacionamento tão próximo, é como se duas pessoas estivessem lendo cada uma a mente da outra.

Há um aspecto muito bom em relação à cannabis. Cada sopro é uma dose muito pequena, o intervalo de tempo entre a inalação de um sopro e a sensação do seu efeito é pequeno, e não há desejo de mais após a elevação chegar. Eu acho que a relação R, do tempo de sentir a dose tomada ao tempo necessário para tomar uma dose excessiva é uma quantidade importante. R é muito grande para o LSD (que eu nunca tinha tomado) e razoavelmente curto para cannabis. Pequenos valores de R deve ser uma medida de segurança de drogas psicodélicas. Quando a cannabis for legalizada, espero ver esta relação como um dos parâmetros impresso na embalagem. Espero que o tempo não seja muito distante, a ilegalidade da cannabis é ultrajante, um impedimento à plena utilização de uma droga que ajuda a produzir a serenidade e discernimento, sensibilidade e companheirismo tão desesperadamente necessários neste mundo cada vez mais louco e perigoso.

Tradução retirada da comunidade Filosofia&Ciências do Orkut.

o original se encontra: http://hermiene.net/...trans/mr_x.html
Não me enveneno por causa da AAG

"Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião."
(Lincoln)
"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz." (Aristóteles)

Re: Drogas - já usou?

Aleluia

197
Em tempos em que passou uma proposta de lei que promete internar usuários de drogas compulsoriamente (mas lógico que só ser o usuário for pobre né - faxina social), mas que foi alterada para não informar nos rótulos de bebidas alcoólicas informações sobre os danos causados pelo alcool, +- parecido com oque acontece com o cigarro (e que sou totalmente a favor). Graças ao lobby milionário da industria do álcool.

Acho que uma noticia dessa mostra bem como a guerra contra as drogas é algo perdido no Brasil. O estado é corrupto. A polícia é corrupta. A classe empresária é corrupta. E quem paga o pato pela violência? Apenas o pobre ferrado. Ridículo.

Juiz que prendeu o Planet Hemp é afastado por receber propina de traficantes.
Segundo reportagem do Correio Braziliense – “após dez anos de processos administrativos, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro por violação dos deveres funcionais. O magistrado foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de receber R$ 40 mil para conceder a liberdade a um criminoso quando exercia o cargo de titular da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais de Brasília. Por maioria de votos, 11 a quatro, os desembargadores que integram o Conselho Especial do Judiciário local aplicaram a pena máxima prevista a um colega: a aposentadoria compulsória. Barreto não poderá mais exercer a magistratura, mas manterá os vencimentos. A última remuneração bruta do juiz, relativa a abril, foi de R$ 28.761,43.”
Este Juiz Vilmar José Barreto Pinheiro foi aquele que em 1997 expediu o mandado de prisão dos integrantes da banda Planet Hemp por apologia às drogas em 1997 além de banir suas músicas da rádio. Na ocasião a banda passou oito dias na cadeia e levou a grande mídia o debate sobre a liberdade de expressão e os direitos dos usuários de drogas. Anos depois o episódio seria comentado pelo ministro so STF Celso de Mello no histórico julgamento que liberou a realização da Marcha da Maconha, na ocasião ele disse que a prisão foi “uma intromissão brutal na produção intelectual e artística”.
http://www.semsemente.com/2013/juiz-que ... aficantes/


Obs: isso daí é como um pastor/ padre que dá sermão nos cultos, mas que escondido faz todo tipo de picaretagem. E caí entre nós, se político tivesse interessado no bem estar da sociedade, primeira coisa que eles fariam seria uma reforma política pq a política brasileira é a droga que mais atrasa esse país.
Obs2: A punição dele foi ser aposentado compulsoriamente.... PQP
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Re: Drogas - já usou?

Aleluia

198
A solução do crime no Brasil é simples: deveriam proibir o pobre de ser pobre.
Pq ser pobre no Brasil deve ser crime, já que nas prisões brasileiras rico não entra.
Mais do que vícios, o que movimenta a violência é a corrupção e a desigualdade, não apenas a desigualdade financeira brutal que ocorre no brasil, mas a desigualdade de direitos, isso é revoltante.
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Re: Drogas - já usou?

Sabrinah

199
Em relação aos seus dois últimos posts, respectivamente, faço das palavras do Planet Hemp as minhas:

Baseado Em Fatos Reais - Planet Hemp

Baseado em fatos reais perto do ano 2000
Liberdade de expressão aqui nunca existiu
O que eles querem eu sei, é me deixar de lado

Polícia bate no povo e o povo aguenta calado
Dizem que faço apologia porque canto a vida
Querem tampar minha boca enquanto fecham a ferida
Acostumado com o poder manipulando mente
Fica sabendo cumpadi comigo é diferente.

RUA
é o lugar de onde vim e de lá vem a história de muitos igual a mim
Vou te lembrar de uma coisa, um velho ditado popular
A lei tarda, tarda e tarda pra falhar
Roubaram mataram e levaram o dinheiro do povo
Querem me calar mas olha eu aqui de novo

(...)
Eu sou pago pra rimar e rimo pra ser pago e até preso
E desta história ninguém sairá liso
Não subestime esse é meu time toc toc
Polícia
É uma questão pessoal me pegar no crime
Mas eu te trago más novas
O nascer do sol se mantém sublime

(...)
Os cães ladram mas a caravana pára como você disse otário
Mas estou aqui pra te provar o contrário
Meu raciocino é muito rápido vai entrar na sua mente
Então tome cuidado vai ser assim daqui pra frente
Não gostam do que falo me jogam na jaula
E acho que até tive sorte outros vão pra vala
Correndo atrás de mim, querendo me pegar
Tão me confundindo não sou nenhum Pablo Escobar

D2 não somente o rei
Só me meto onde sou chamado só faço o que sei
Só quem tá lá sabe como é que é
Um abraço seu raimundo pavilhão 2 Cpë
Passarinho na gaiola não canta
Mas o bom passarinho bate a poeira e levantar
Sai pra lá pela saco não vão me alcançar
E se alcançar vai ser difícil derrubar
Esse é um pedaço de uma história que eu passei a um tempo atrás
Baseado em fatos reais"
___________________________
A Culpa É De Quem? - Planet Hemp

"Trabalho oito horas, sete dias por semana
Só por fumar uma erva eu vou entrar em cana
Deputados cheiram bebem e não vão para prisão
Por que é ilegal?
Eles que lesam a pátria e sou eu o marginal
Não seja alienado, eles falam que faz mal e você aceita calado
Procure se informar
, uma erva natural não pode te prejudicar
E quem de nós está errado?
Você consome estas merdas e eu fumo um baseado
No que você pensa então?
Eles pegam a palmatória e você estende a mão
Desde pequeno você é induzido a fumar, induzido a beber e ouvindo a TV falar
Diga não as drogas, use camisinha e para de brigar
Mas beba muito álcool até a sua barriga inchar

O que você tem na cabeça?
Tudo que eles te falam você acha uma beleza
Aprenda a dizer não
Pense um pouco meu irmão
Você tem medo de quem?
Eu fumo a minha erva e não faço mal a ninguém

A culpa é de quem?

Portugueses escravizaram e mataram nosso irmão
Militares torturam e não foram pra prisão
Eu fumo minha erva e me chamam de ladrão

Os negros já fumavam erva antes da África deixar
Mas os senhores proibiram por não querer nos libertar
E os senhores de hoje em dia estão proibindo também
Se o pobre começa a pensar parece que incomoda alguém
Crianças crescem nas ruas não confiam em ninguém
Escondem nossa cultura, referência ninguém tem
O País ta uma merda e a culpa é de quem?


A culpa é de quem?

Eles roubam no planalto e não pensam em ninguém
Manipulam as leis e vêm com papo furado
Tudo que incomoda a eles, eles dizem que está errado
Então quem é o marginal?
Crianças morrem por sua culpa e eu que vivo ilegal
Tenho que me esconder por uma coisa natural
Enquanto eles metem a mão na maior cara de pau
Não vou ficar calado porque está tudo errado
Políticos cruzam os braços e o país está uma merda
Trabalho pra caralho e fumo minha erva, aí eu te pergunto

A culpa é de quem?
"
Diagnóstico: AAG
Tratamento: suspenso por enquanto.

Re: Drogas - já usou?

Eugênio

200
Não sei se estou certo, mas ouvi dizer que em São Paulo inventaram um programa que é uma espécie de "bolsa drogado". O drogado marginalizado que provar que é drogado e miserável poderá receber ajuda financeira do governo.

Quando vi essa notícia na TV eu logo pensei: "Isso será como o Bolsa Atleta. O dinheiro existirá, mas acabará todo no bolso de autoridades corruptas, enquanto os atletas passam fome."